Como montar um mapa conceitual usando o Cmap Cloud

Publicado em 05/02/2021 por Luzia Kikuchi

Aqui no blog eu já escrevi dois posts falando sobre os mapas conceituais.

  1. Como diferenciar mapas mentais de mapas conceituais?
  2. Como avaliar a aprendizagem dos alunos? Parte 2

No segundo post, está o tutorial passo a passo da instalação do software CmapTools no computador.

Quando escrevi o primeiro post sobre os mapas conceituais, meu principal objetivo foi explicar a origem e a função dos mapas conceituais na Educação e também de explicar a diferença daqueles com os mapas mentais. Eu sabia que muita gente tinha essa dúvida, mas não imaginava que poderia ser tanta… (não é à toa que o vídeo é um dos mais visualizados até hoje no canal 😮).

Outra motivação que me levou a criar aquele conteúdo foi para explicar, principalmente para professores e acadêmicos que se interessam pelo tema, as principais funções dos mapas mentais e dos mapas conceituais, que costumam ser bem distintos. Já fiz algumas avaliações de artigos nos quais os autores não tinham muita clareza sobre essas diferenças, o que pode comprometer a aprovação do seu trabalho em uma revista ou evento acadêmico. Por isso, achei importante abordar esse tema aqui no blog e no canal.

Como montar um mapa conceitual?

Para começar a montar um mapa conceitual a primeira coisa que você precisa definir é uma pergunta focal.

A pergunta focal é nada mais que o título do mapa conceitual que vai construir. Porém, quanto mais objetiva e limitada ela for, mais fácil será o seu trabalho de construção desse mapa.

E o mapa conceitual que for construir precisa responder exatamente à pergunta-focal que deu em seu título.

No vídeo que falei sobre como avaliar usando mapas conceituais, eu construí o seguinte mapa como exemplo:

Mapa conceitual com a pergunta-focal: “O que é um quadrado?”
Fonte: autoria própria.

Por meio desse mapa, é possível observar todos os elementos que devem estar presentes no mapa conceitual além da pergunta-focal como proposições, conceitos e termos de ligação. A seguir, vou explicar cada um deles.

proposição é a sentença formada com os seguintes elementos:

Conceito inicial + Termo de ligação + Conceito final

E essa sentença formada por esses elementos precisa ser clara e correta.

Por exemplo, no mapa conceitual citado anteriormente podemos ver as seguintes proposições:

  1. Quadrado é um retângulo;
  2. Quadrado é um losango;
  3. Um retângulo tem lados opostos iguais;
  4. Um retângulo tem diagonais iguais;
  5. Um retângulo tem quatro ângulos iguais;
  6. Um retângulo tem ângulos retos;
  7. Um losango tem diagonais perpendiculares;
  8. Um losango tem quatro lados iguais.

Então, nesse mapa conceitual, existem oito proposições que respondem à pergunta-focal. E cada proposição por si só precisa ser correta.

Uma coisa muito importante em um mapa conceitual é exatamente isso: cada proposição precisa ser uma sentença que passa uma informação completa. Por isso que é importante ter sempre essa composição: conceito inicial + termo de ligação + conceito final.

termo de ligação pode ser apenas um verbo, mas não precisa ser somente ele. No mapa conceitual em questão só temos um verbo. Mas, ele poderia ser uma locução verbal (composição de dois verbos sendo um auxiliar e outro principal) ou até mesmo uma pequena sentença com um verbo, por exemplo: “podem fazer parte da”.

Já o conceito inicial e conceito final podem variar de acordo com a localização deles dentro de seu mapa conceitual. Via de regra o conceito inicial é o que vem antes do termo de ligação e o conceito final vem depois dele. Mas, dependendo da construção de seu mapa, um conceito final pode ser o inicial de outra proposição. E isso é perfeitamente cabível dentro de um mapa.

E o mais importante de levar em consideração ao trabalhar com mapas conceituais é que ele não deve ser usado pontualmente. A maior riqueza do mapa conceitual está na aprendizagem compartilhada e também na modelagem do seu conhecimento, quando você mantém a versão anterior de seu mapa para avaliar o progresso de sua aprendizagem.

Por isso, se você optar por usar os mapas conceituais nos seus estudos, considere em sempre criar uma cópia do seu mapa atual, mantendo várias versões de um mesmo mapa. Salve como v1, v2 ou até mesmo com as datas de criação de cada um deles. É muito interessante observar o progresso da modelagem do nosso conhecimento.

E se você tiver interessado(a) em saber o passo a passo operacional do Cmap Clouds, assista ao vídeo:

Autor: Luzia Kikuchi

Uma entusiasta em neurociência, apaixonada por ensino-aprendizagem e uma eterna aprendiz de professora.

2 comentários em “Como montar um mapa conceitual usando o Cmap Cloud

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