Comemoração de 1.000 inscritos e 10.000 seguidores no projeto!

Publicado em 09/07/2021 por Luzia Kikuchi

Isso mesmo que está no título: o canal chegou a marca de 1.000 inscritos no último dia 21 de junho de 2021 e, hoje, já conta com mais de 10.000 seguidores no projeto como um todo, somando as plataformas do YouTube, Blog e as Redes Sociais (FacebookInstagram e Quora). O espaço do Quora é o que atualmente conta com o maior número desse total, com o YouTube em segundo lugar.

Se você ainda não conhece algum deles, pode acessar pelos links no menu ao lado esquerdo da tela (caso esteja acessando pelo computador) ou no menu suspenso acima (se estiver acessando pelo celular ou tablet).

Eu acho que a maior parte que acessa este blog, deve vir por conta do canal no YouTube, mas custa nada reforçar, né? rs

Quero agradecer a cada pessoa que acompanha quinzenalmente as atualizações deste projeto e, para mim, é muito bom saber que o conteúdo vem ajudando tantas pessoas. 

Para não deixar esse marco passar em branco, resolvi fazer novamente um vídeo no formato de perguntas e respostas, escolhendo as perguntas mais encaminhadas pelo Quora, cujo conteúdo pode também ser encontrado em alguns vídeos do canal. Por isso, se você está chegando pela primeira vez por aqui, é um ótimo meio para saber quais assuntos você já pode encontrar no canal.

Também respondi algumas perguntas que ajudam a conhecer um pouco sobre mim, a criadora que está por trás deste projeto.

Por se tratar de um post para comemorar um marco importante deste projeto, não me estenderei muito hoje nos conteúdos abordados no vídeo, como costumo fazer em meus posts. Mas, deixarei apenas uma explicação mais detalhada sobre a seguinte pergunta:

“Estudantes menores de idade devem ter o direito de cursarem a universidade se passarem no vestibular?”

Não sei exatamente de qual contexto a pessoa trouxe essa pergunta, mas, sei que, poucos meses atrás houve uma polêmica semelhante, que foi veiculado em vários noticiários, sobre o fato de uma estudante ter sido aprovada no vestibular da USP, mas foi impedida de se matricular, por não apresentar o diploma de Ensino Médio de uma instituição regular de ensino, pois optou por estudar sozinha em casa.

Recentemente, li outra notícia dizendo que a família havia entrado com um pedido na justiça para que a vaga fosse garantida enquanto ela não realiza a prova do ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), que seria em agosto deste ano. Dessa forma, com a aprovação nesse exame, ela garantiria que está apta para cursar o Ensino Superior, conforme previsto na lei.

Ouvi muitas pessoas indignadas nos comentários dessa notícia em questão, mas o ponto que eu quero chamar a atenção, tanto para o caso do noticiário quanto para a pergunta em questão, é que não é a instituição de ensino (no caso as universidades) que determina a obrigatoriedade de apresentação do diploma de Ensino Médio para que o estudante possa se matricular no Ensino Superior. É a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que, como diz o próprio nome, estabelece algumas regras para a educação nacional. Portanto, trata-se de uma lei federal.

Veja o trecho da lei que fala exatamente sobre isso:

CAPÍTULO IV

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas:       (Regulamento)

I – cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino;

I – cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde que tenham concluído o ensino médio ou equivalente;            (Redação dada pela Lei nº 11.632, de 2007).

II – de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo;

III – de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino;

IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino.

Fonte: BRASIL, LDB, nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

Isso significa que, independentemente da idade, a matrícula na universidade pode ser feita a candidatos que concluíram o Ensino Médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo. Ou seja, ser apenas aprovado no vestibular cumpre apenas parte desses requisitos. Se o estudante concluir o Ensino Médio antes dos 18 anos, isso não seria impeditivo para realizar a matrícula no Ensino Superior, segundo a LDB. O que responderia parte da pergunta.

Já no caso do ENCCEJA, que garantiria a obtenção do certificado de conclusão do Ensino Médio, mesmo não tendo cursado em uma instituição regular de ensino básico, ele só é permitido para pessoas a partir dos 18 anos. Isso se deve ao fato da prova ser destinada a estudantes que não puderam concluir o Ensino Médio no tempo regular e não para certificar aqueles que optaram não se graduar por uma escola de ensino regular.

As diferentes interpretações do homeschooling (ensino doméstico) no mundo

Em alguns países a modalidade de ensino doméstico é regulamentado, mas, numa grande maioria, ele é estritamente proibido, inclusive no Brasil. Segundo o site Right to Education (Direito à Educação, em tradução livre), uma organização internacional de Direitos Humanos, a principal causa dessa diferença entre cada país é a legislação que regulamenta a liberdade e direito de cada cidadão. É interessante que, mesmo nos Estados Unidos, país notoriamente reconhecido pela liberdade econômica e de expressão, o ensino doméstico é proibido em todos os seus 50 estados federativos.

A grande barreira de aprovação do ensino doméstico é sobre as questões de formação da criança garantida pela Convenção Internacional de Direitos da Criança na qual a educação deve garantir o desenvolvimento pleno da personalidade da criança, dos seus talentos e das habilidades mentais e físicas. Dessa forma, regulamentar o ensino doméstico passa a ser uma tarefa bastante trabalhosa para garantir o cumprimento dessa convenção internacional.

E assim como eu comento no vídeo, ir à escola não se trata apenas de adquirir conhecimento. Também é importante para o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais, tão importantes para o mercado de trabalho como para o convívio em sociedade, que seria a outra parte que eu complementaria como resposta da pergunta do Quora.

Espero que tenham gostado desse perguntas e respostas e, me conte aqui nos comentários, por onde você conheceu o projeto “Como Aprender?”?