Publicado em 09/09/2022 por Luzia Kikuchi
Seguindo a sequência de conteúdos que produzo de tempos em tempos sobre mapas conceituais, este texto corresponde à parte 3 de dúvidas muito comuns que são enviadas pelos inscritos no canal.
Se você caiu pela primeira vez neste blog por meio deste post, saiba que eu já escrevi outros textos sobre este assunto que podem ser do seu interesse:
- Como diferenciar mapas mentais de mapas conceituais?
- Como avaliar a aprendizagem com mapas conceituais
- Como montar um mapa conceitual usando o Cmap Cloud
- Quais são as dúvidas mais comuns sobre mapas conceituais? Parte 2
Em cada texto que escrevo sobre o assunto, sempre tento trazer um novo olhar sobre o mapa conceitual e também de diferentes elementos que podem te ajudar ainda mais a dominar esta ferramenta de aprendizagem.
Mapa conceitual não é a mesma que coisa que mapa mental!
E uma coisa que eu tenho percebido em todo mapa conceitual que recebo pelos inscritos é que muita gente confunde a sua construção com mapas mentais.
Nos mapas mentais, é possível utilizar imagens, abreviações e resumos gerais para se pensar a respeito de um assunto. Por isso, ele está muito mais ligado ao Método Cornell, em termos de similaridade de função, do que com os mapas conceituais.
Por outro lado, o mapa mental pode servir como uma ferramenta de introdução sobre um conteúdo que esteja se familiarizando pela primeira vez. Assim, em vez de começar diretamente com o mapa conceitual, comece a esboçar as suas ideias por meio de um mapa mental. Depois, passe para o mapa conceitual, com o intuito de organizar e se aprofundar no conteúdo.
Mapa conceitual precisa de clareza proposicional
Quando você escreve um texto, existem algumas regras gramaticais que ajudam a dar clareza na mensagem que está escrevendo.
Por exemplo, sem nenhum contexto anterior, você seria capaz de compreender a sentença como a seguir?
Análise mapa conceitual exemplos.
Dependendo do seu conhecimento prévio, você pode até deduzir que se trata de alguma análise a respeito de mapas conceituais e alguns exemplos. Mas, o que exatamente vamos analisar? Quais exemplos vamos usar? Quais partes do mapa conceitual serão analisados? E quais exemplos podemos esperar disso?
Quanto mais dúvidas surgirem ao ler um texto, isso significa que não existe uma clareza no que está escrito.
Para escrever uma sentença, de forma geral, existe uma regra básica da gramática que é composta da seguinte maneira:
Sujeito + verbo + objeto
Naquela sentença anterior que usei como exemplo, é possível notar que não existe o verbo, que é responsável por descrever uma ação dentro de uma sentença. Ou seja, ou o sujeito pratica a ação ou o objeto recebe essa ação.
De forma prática, se reelaborarmos aquela sentença usando essas regras, ela poderiam ser:
Analisando exemplos de mapas conceituais.
Análise de exemplos de mapas conceituais construídos por estudantes.
Analisar exemplos de erros comuns em mapas conceituais.
Da mesma forma, cada proposição de um mapa conceitual precisa ter essa construção similar a um texto. Para isso devemos compor por:
Conceito inicial + termo de ligação + conceito final
Lembrando que, quanto mais você se aprofundar em um mapa conceitual, mais ele te dará condições para ser uma uma ferramenta de avaliação/autoavaliação da aprendizagem.
Seu mapa conceitual nunca estará totalmente pronto
Uma coisa muito importante de se frisar é que o mapa conceitual nunca chega ao fim. Assim como o conhecimento não tem limite (sempre aprendemos algo novo todos os dias), o mapa conceitual é um reflexo do que você sabe até aquele momento. Se, depois de meses, você olhar novamente para o mapa, notará que existem conceitos que podem ser melhorados. Mas, isso não significa que ele não tem validade. O mapa conceitual serve como “retrato” momentâneo do seu conhecimento. E o que ajuda a avaliar o progresso da sua aprendizagem é o processo de melhoria de uma versão para outra.
Por isso, uma dica técnica muito interessante que você deve utilizar quando estiver melhorando seus mapas é NUNCA apagar a sua versão anterior. Crie uma cópia e vá renomeando como “versão 2, 3,…” e assim por diante.
Dessa forma, será possível avaliar todo o seu processo percorrido até chegar na versão mais atual.
No vídeo que vai ao ar às 21h você pode conferir o passo a passo da análise de um mapa conceitual enviado por um inscrito. Então, se você tiver ainda alguma dúvida específica, recomendo que assista a ele 😊
Se você tiver mais dúvidas sobre mapas conceituais, deixe aqui nos comentários ou encaminhe seu mapa para o e-mail contato@blogcomoaprender.com Quem sabe eu não analiso o seu mapa conceitual no próximo vídeo que for ao ar sobre esse assunto?